E o que fazer com as expectativas, aquelas esperas por desejos de mais vida produzida?! Nas idas e vindas com os sonhos alados, as esperanças ganham tons rebuscados. Um bocado de fitas coloridas a querer embelezar até algumas feridas. E num é que a fera se recompôs ao ouvir “não” da espera que se foi. Como se ela fosse singela, só porque queria lhe daria trela? Coitado do que projeta muito nessa real tela, na doçura da ilusão se congela. Com o doce às avessas, insiste em procurar sem deixar que apareça. Aquela paz da surpresa não vem; como é difícil desativar o que de velho tem. E o novo bate à porta, desfila, desliza e depois volta. Volta e meia vai passando, mas alguém está saboreando? O sabor se acomodou quando só quis ver o que ele mesmo projetou. Aqueles projetos num campo reto, e o que dali sai, fica incerto. Certamente não há de fato existir, ainda clama por espaço para chegar assim: singular, no ar, simples na sua maneira de representar. Afinal, esse presente que não se esperou, ganhou o verdadeiro status de surpresa e se apropriou! Propriedade de quem se diz feliz... Algo próprio de um aprendiz. Às surpresas que só são porque não esperadas: SIM!
por Mariana GomesF.
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